quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O crente pode perder a salvação?

O arminiano genuíno responderá SIM a esta questão (em geral os pentecostais, os metodistas, os adventistas, os participantes da Igreja do Nazareno), enquanto os batistas de modo geral, apesar de não crerem na predestinação, dirão um sonoro NÃO à pergunta (aqui temos uma postura interessante, arminiana no que diz respeito à predestinação e calvinista no que diz respeito à segurança eterna dos salvos).

Para fins de raciocínio, consideremos que a postura arminiana genuína esteja correta, ou seja, o homem tem livre arbítrio e pode decidir livremente se quer ou não aceitar a oferta da salvação; e seu livre arbítrio permanece inalterado durante toda sua vida, ou seja, este mesmo homem que num dado instante decidiu livremente, sem nenhum constrangimento de qualquer espécie, aceitar a oferta divina, pode também decidir, de maneira igualmente livre, rejeitar o sacrifício de Cristo e assim perder a salva­ção. Tudo muito lógico se isso não ferisse de morte um dos pontos da própria doutrina arminiana: a predestinação segundo o conhecimento antecipado de Deus, ou seja, Deus elege os que Ele sabe aceitarão a oferta da salvação. Digamos que o Sr. Jota aos 20 anos aceitou genuinamente a Jesus, estando portanto salvo. Aos 55, decidiu não mais crer no evangelho e morreu em um desastre uma semana depois, sem ter tempo de decidir aceitar a Jesus novamente. Obviamente, pela formulação arminiana o Sr. Jota, apesar de ter sido crente por 35 anos não gozará a eternidade ao lado de Deus, antes está condenado ao inferno. Pergunta-se: o Sr. Jota foi predestinado para ser crente somente por 35 anos? A predestinação segundo esse conhecimento antecipado foi frustrada? Deus foi pego de surpresa com a decisão do Sr. Jota de rejeitar a mensagem da cruz? Quem, no final das contas é o responsável pela salvação eterna — Deus, cujo trabalho se limita a montar o plano da salvação, ou o homem, a quem cabe perseverar diariamente na fé e que deve decidir diariamente se continua fiel a Jesus? Note que sobre o homem repousa uma responsabilidade tremenda.

Mas você poderia dizer, não, a formulação arminiana clássica não é aceitável neste ponto, pois o crente não pode perder a salvação, conforme lemos em Jo 10.28-29, o que nos conduziria, aparen­temente, ao melhor dos mundos: livre arbítrio e segurança eterna. Mas será que é assim mesmo? Va­mos refletir um pouco mais. Se esta formulação é verdadeira, significa que o crente uma vez salvo, mesmo que queira, não pode mais rejeitar a Jesus, posto que não há possibilidade de perda da salva­ção. Logo, forçoso nos é concluir que o homem só tem livre arbítrio até a conversão , cessando ela a partir daí, pois não há possibilidade alguma de o crente vir a perder a salvação, logo, ele não pode decidir após a conversão abandonar o evangelho. Abraçar essa idéia significa aceitar que o homem tem livre arbítrio durante um período da vida, e não durante toda a vida. Poder-se-ia perguntar se se pode chamar isso de livre arbítrio.

Vê-se, portanto, que a posição arminiana, quer a forma genuína quer a forma mitigada, tem di­ficuldades de lógica interna, com formulações se chocando (livre arbítrio X predestinação baseada no conhecimento prévio de Deus; ou livre arbítrio X segurança eterna; extensão do livre arbítrio).

Para resolver o problema do Arminianismo clássico só negando a predestinação de forma radi­cal, mas conforme vimos acima, negar peremptoriamente a predestinação é ainda mais complicado, tendo em vista os inúmeros textos que falam expressamente de predestinação. Para resolver o pro­blema do Arminianismo mitigado, só abrindo mão do livre arbítrio ou da segurança eterna.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

P P P...

Coincidência, não sei,mas que as minhas realização começam com "p" isso está sendo uma verdade, primeiramente o primeiro "P" de pastor, algo que desde a minha adolescência quando tive o primeiro contato com a igreja batista já fluira o desejo do ministério eclesiástico, fiz o Bacharél em Teologia e após formado assumir como pastor numa igreja batista. O segundo "P" outro desejo era de fazer psicologia ou psicanalise e atualmente estou fazendo a segunda opção, ainda não concluí, mas pretendo conquistar esse "p". O terceiro "P" é de professor, outro desejo que sempre tive, na qual atualmente estou lecionando numa escola de rede estadual. Entendo que ainda resta um "P" na minha vida que é o de "Pai", mas nesse acredito que deverei esperar mais um pouco, mas espero logo, logo ter mais esse "P" e quem sabe não terei outros "P" na vida.

Espero que sim...

um abração

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os Ateus Coitadinhos! Invertendo quem persegue a quem.

A Folha de São Paulo publicou uma entrevista de página inteira com Daniel Dennett, em 10 de maio de 2010, a propósito de uma visita que fará ao Brasil em novembro deste mesmo ano. Dennett é um dos mais famosos novos ateus, ou neo-ateístas, que vêm sacudindo o mundo com declarações bombásticas contra religião; mais especificamente, contra o cristianismo. Ao lado de Richard Dawkins, Samuel Harris e Christopher Hitchens, completa o quarteto nefasto conhecido como “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”, pois lembram aqueles que despejam o flagelo e perdição sobre a humanidade.


Dennett, que chama na entrevista a crença em Deus de “um ato de desespero”, criticando e encurralando Francis Collins, ex-chefe do programa de pesquisa do Genoma Humano, surpreende ao afirmar que os ateus não são respeitados, mas perseguidos. Chega a ser hilária, a afirmação do Dennett, de que , “... os ateus estão mais ou menos na mesma posição em que estavam os homossexuais nos anos 1950, ou seja, se você admitir que pertence a esse grupo, sua vida está arruinada”. Quem está minimamente a par do que acontece nos Estados Unidos e no mundo, sabe que isso não é verdade, mas o oposto, sim. Os criacionistas são perseguidos, ridicularizados, escorraçados e expulsos das comunidades acadêmicas, independentemente de suas contribuições ao progresso do conhecimento e da ciência. Basta ver o filme “Expelled”, para constatar o que está realmente ocorrendo na academia (disponível no YouTube, legendado, em 10 segmentos).


Coitadinho dos ateus... Em vez de perseguidores, viraram perseguidos. Devemos, agora, aflorar os nossos mais profundos sentimentos de piedade e comiseração, solidarizando-nos com a raça. Quem sabe algum parlamentar brilhante, da seara tupiniquim, não se levanta e inventa um projeto-lei semelhante ao heterofóbico 122/2006, proibindo que se fale contra os ateus – a nova minoria discriminada.

Não vou entrar no mérito da companhia que o Dennett escolheu para se identificar, cada um sabe a quem se comparar, mas querer fazer o mundo de bobo, é demais. O pior é que ele consegue engajar alguns! Em 11.05.2010, a mesma Folha de São Paulo, repercutindo a entrevista do Dennett , do dia anterior, sai com um editorial na segunda página do primeiro caderno com o título: “Ateus e Religiosos”. Nele, a voz oficial do jornal diz: “aquilo que a princípio parece um exagero ganha contornos verossímeis quando se leva em conta a disputa particular entre ateus e criacionistas nos EUA”. O editorial continua, condenando os 45% da população americana que “leva a Escritura ao pé da letra”. Esse pessoal, de acordo com a Folha, radicaliza “a ponto de cercear a livre manifestação de idéias”. Durma-se com um barulho desses! Reclamação de que a evolução e o ateísmo não têm possibilidade de terem livre expressão?

A bem da verdade, o editorial condena os “militantes da descrença, que exageram ao negar a possibilidade de reconciliação entre fé e razão científica”. Mas saio da leitura do editorial com a nítida impressão que a estapafúrdia afirmação de Dennett foi acolhida.

Traduzi, há algumas semanas na Universidade Presbiteriana Mackenzie, duas palestras do cientista Dr. Scott A. Minnich, especialista em microbiologia, com uma folha corrida extensa de trabalhos e publicações científicas. Entre outras coisas, ele dedicou-se às pesquisas sobre o vírus Yersinia Pestis (da peste bubônica), o flagelo bacteriano (motorzinho que proporciona a movimentação da célula), e o Sistema de Secreção Tipo 3 (TTSS – utilizados como “micro moto-boys”, para entrega de proteínas, nas células). Dr. Minnich demonstra que ao adentrar este campo da micro biologia, com conhecimentos e equipamentos que só existem de algumas décadas para cá, fica cada vez mais clara a evidência de inteligência e propósito por trás dos organismos. Argumentando pelo Design Inteligente, à semelhança de Michael Behe e outros, ele aventa a possibilidade de que se Darwin possuísse esse conhecimento, talvez não tivesse apresentado sua teoria, que vai ficando a cada dia mais difícil de ser sustentada, cientificamente.

Dr. Minnich aplicou os últimos 20 anos de sua vida em pesquisas de tanto valor científico, que faz parte de vários comitês governamentais e missões especiais dos Estados Unidos, destinadas a examinar e estudar defesas contra eventuais guerras químico-bacteriológicas. É esse cientista, entretanto, que declarou em uma das palestras, como era alijado de encontros científicos e recebia rejeição de colegas, em puro preconceito, por sua crença no Criador. Qualquer aluno de escola de primeiro grau sabe que a visão majoritária, no mundo da ciência é a evolucionista. A academia fecha-se monoliticamente em suas premissas, recusando-se a testar qualquer hipótese que fuja às suas pressuposições, postuladas como fatos comprovados. E agora vem o Sr. Dennett dizer que os pobrezinhos dos Ateus é que são discriminados. Só pode ser uma piada de mau gosto.

O Discovery Institute, organização que propõe o Design Inteligente como contra-ponto à teoria da evolução, relaciona vários casos de cientistas perseguidos por sua persuasão na subjacente inteligência que contextualiza o universo físico. Entre esses, os cientistas David Coppedge (NASA), Guillermo Gonzalez (Universidade de Iowa) e Richard Sternberg (Smitsonian Institute). Isso sem falar em inúmeros alunos de cursos de graduação e pós-graduação que têm suas pesquisas impedidas ou interrompidas por não se encaixarem no molde politicamente correto da academia, como é o caso de Bryan Leonard, na Ohio State University. Além disso, desde 2002 a American Association for the Advancement of Science decretou que a teoria do Intelligent Design não é científica, impedindo a mente inquisitiva e os estudos que sempre caracterizam e promoveram o avanço da verdadeira ciência. Quem procura tapar os olhos e apresentar apenas uma visão ao mundo, impedindo as demais? Quem está perseguindo a quem?

Ainda bem que não estão conseguindo calar a todos. O site “A Scientific Dissent from Darwinism” traz uma relação de mais de 600 cientistas, de todo o mundo, que, entre outras coisas, declaram o seguinte: “somos céticos quanto os dados apresentados em favor de mutações randômicas e quanto à seleção natural como responsável pela complexidade da vida. Um cuidadoso exame das evidências apresentadas para a teoria de Darwin deve ser encorajado”. A relação completa desses cientistas pode ser baixada em botão específico, no site.

Os que acreditam nas Escrituras, como Palavra de Deus inerrante, reconhecem essa fonte de inteligência como emanada do Deus Criador, que interage com a sua criação na pessoa do seu filho, Jesus, agente da criação (João 1.1; Romanos 11.36; Colossenses 1.15-17) e “pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hebreus 11.3).

Solano Portela

Post Scriptum: O Prof. Enézio E. de Almeida Filho lembra, em seu post sobre esta mesma entrevista, que o Dennett, em seu livro "A Perigosa Idéia de Darwin", propõe uma "solução final" para os crentes em subjetividades religiosas - colocar a todos em uma jaula no zoológico... Nada como ser benevolente para com os que pensam diferentemente! Dennett posa de santinho e perseguido, mas tem as garras e a língua bem afiada!

Fonte: O Tempora, O Mores

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Entre uma coisa e outra...Relatarei isso

Marcos Cristian, pr

Pifes (nome fictício) sempre foi uma pessoa tímida que ao longo dos anos pouco envolvera com mulheres, alias conta-se de dedos as namoradas que tivera durante esse percurso, todavia agora ele vive um dilema interessante, eu diria incrível, solteiro, morando sozinho e com uma forte expectativa de sucesso, não pretende se envolver, todavia espera ter amizades. Bem o que chama mais atenção que ele passa por uma inusitada situação diante de três pessoas que toca em seu coração sendo:

A primeira uma moça solteira, de boa família, formada e bastante interessante;
A segunda ela é noiva, todavia percebe que em meio à amizade fica sempre algo no ar entre ambos, como uma conversa mal terminada...
E a terceira acredito que seja a mais complicada, pois é divorciada e ainda vive as turbulências do casamento que pouco tempo se desfizera.

Bem, Pifes está envolvendo com a situação que para alguns, seria fácil para resolver, todavia, devido a sua personalidade e integridade, se mantém distante de um qualquer possível envolvimento, até porque poderá trazer danos ao relacionamentos.

Bem, não é todos os dias que ouvimos de pessoas que estão neste dilema, espero que a compreensão sobre a atitude de Pifes seja de maneira louvável dentro de uma situação que visa mais à amizade, honestidade e respeito que a vulgarização do ser, em falando em ser, posso ver que como as pessoas não se prezam nesse sentido, estou atualmente dando aulas numa escola de ensino médio, e vejo como a facilidade pelo sexo é evidente no meio. Será que hoje as pessoas perderam o lugar onde fica a cabeça e vale mais ter bunda que cabeça?
Será que vale mais ter prazer sexual que expectativas de família e sucesso na vida?

Onde iremos parar se continuarmos a viver desta forma?

Até quando veremos adolescentes mães solteiras, digo isso, que falta muito homem no mercado para assumir uma família e levar a serio a vida a dois.

Acredito que atitude de Pifes é louvável entendendo que a expectativa que nele há de futuro é mais forte e duradouro.

Pense nisso!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Uma linda historia para ser ouvida no churrasco de família.

por Marcos Cristian, pr

Três senhoras conversando após o almoço de churrasco, quando uma delas direcionou para as demais e comentou sobre a experiência que tivera numa padaria:

- ela disse que fora à padaria e chegando lá se deparou com três moscas que estava sobrevoando sobre algumas bandejas de pães, ela inquieta por ver esta cena, observando aquela cena quando de repente viu que uma das moscas caiu onde estava os pães e por algum tempo ficou com as pernas para cima, o pior que diante desta cena, as pessoas não reclamaram sobre essa cena. Outrossim, percebo que muitas cenas poderiam ter um outro final se nós saíssemos de meros telespectadores para interagir, reclamar, etc.
Será essa a figura nossa dentro da sociedade que estamos inseridos, de apenas ver as coisas e não alterá-las, não avisar, não modificar e não aceitar...

Acredito que, voltando para a padaria percebo que a mosca ainda continua lá e as pessoas ainda continuam vendo-a sem ao menos avisar à direção ou mesmo ao balconista sobre esse acidente.

Alguém disse, se não pode ajudar, também não critique, acredito que seja verdade, pois em muitas situações a critica se revela como a não-realização minha para mudar, alterar uma situação, por isso é e será melhor criticar.

Por outro lado, a mosca lá representa, o estado mórbido do homem se instala na posição ociosa, não daquilo que é exterior, mas do interior, ao ponto que tirar a mosca, implicará numa decisão que ele mesmo não quer e não queria tomar, pois isso o tiraria do seu lugar de conforto.

A padaria, o que poderia dizer sobre a padaria, acredito que menos relevância nesse episodio tem a padaria, pois tão somente consiste num cenário onde essa cena lamentável ocorrera.

Acredito que sobrará para nós a remoção da mosca, pois ela consiste no cenário, os balconistas estão acostumados com elas, e nós?

Acredito que se depender de mim, ela não ficará muito tempo lá e você?

terminarei terminando essa história sem mencionar o que acontecerá com as senhoras, mas isso pouco importa, uma vez que elas pouco implicariam no texto.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

escrevendo alguma coisa, que posso ser útil.

Marcos Cristian, pr

Não existe nada em mim, que diferencia dos outros homens, a não ser a responsabilidade de ser o que sou. Quando e certo quando as pessoas olham para nós, imaginam que não tenhamos dores, dificuldades, turbulencias e ansiedades, pois é tenho tudo isso, e me abato com tudo isso, porém, não gosto de me entregar a essas situações, pois elas dão alternativas para uma nova posição na vida para tomar, fico triste que muitas pessoas quando se sentem assim, largam a toalha cair, que tolice fazer isso! Viver é um grande desafio, e é necessário ter coragem, como diz alguns: cada dia é necessário matar um leão para viver!" Isto é verdade. São inúmeras dificuldades e pessoas que estarão impedindo o avanço natural das coisas e nesta demonstração de forças alguma das partes cederão.

Creio que isso deveras levará a reflexão, a acreditar que a derrota, nos prepara para as futuras vitórias.

entre a morte e vida, prefiro o último, pois apesar das dificuldades, elas não são eternas. Um dia acabará, com certeza!

eu acredito nisso!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

por que?

por Marcos Cristian, pr

Cada vez nos referimos a igreja o que vem em mente? um prédio, uma instalação em qualquer lugar, em qualquer rua, onde teremos bancos e um púlpito e um simpático pregador com a Bíblia nas mãos transmitindo a mensagem do Evangelho para algumas pessoas. Tudo isso é correto, porém não absoluto, tendo em vista da finalidade do evangelho no indíviduo, pois quando Cristo menciona que venho para termos "vida e vida abundante" ,muda a nossa visão da igreja anteriormente mencionada. Digo que hoje precisamos viver na intensidade essa vida de Cristo em nós, de maneira que o nosso pensar, falar e agir sejam semelhantes a Cristo. Devemos ter e assumir um maior compromisso com os nossos irmãos de auxiliá-los em todas suas circunstâncias de suas vidas e estarmos prontos a ouví-los e atendê-los de maneira que a partir disso estaremos edificando vidas, devemos entender que na igreja não é lugar para receber e sim lugar para oferecer o nosso serviço a Deus através de uma expressão da própria vida de forma racional e consciente. Entendendo a importância desta manifestação que equivale para validar a nossa relação com Cristo e conseguinte com os irmãos, que dizemos que amamos.
Penso que a igreja atual, saiu do seu papel e propósito inicial e estamos vivendo um tipo de movimento que trabalha apenas em direção para centralizar lideres, pastores e etc. Temos que mudar e inserir dentro das nossas igrejas aquilo que realmente é a igreja, uma igreja que compartilha com os demais, uma igreja que participa da vida do outro, uma igreja que não discrimina ou julga, mas acolhe e derrama da mesma graça que Deus derramou sobre o indivíduo,acredito que teremos dificuldades hoje de sermos igrejas e sucessivamente em fazer igrejas.

pense nisso!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

E o contexto histórico da Bíblia?

por Marcos Cristian, pr

Certamente você dirá que é para nós, é afirmativo, mas não absoluto, pois se não fosse pelo contexto histórico no qual fora escrito. Todavia percebo que muitos pregadores em seus púlpitos pregam como se a Bíblia fosse um livro para a nossa época (entenda, digo no sentido histórico e contextual), sem respeitar o momento, as pessoas, a cultura e política. O pior de tudo é que as pessoas ainda não atentaram para esse fato. Precisamos e entendemos a importância da mesma para os nossos dias, contudo devemos observar que ela tem um contexto no qual deverá ser respeitado e pregado, de onde inicia a aplicação da mensagem, apoiada no texto antigo, numa situação passada que traz para nós o cenário e adverte para que não caiamos no mesmo pecado ou erro.

Agora penso comigo mesmo, de quem é a culpa?

Dos pregadores ou dos ouvintes?

Das igrejas ou dos pastores?

Acredito que devemos destacar a importância do contexto histórico, como também a importância do Jesus histórico (falarei sobre isso em outra ocasião).

Pense nisso!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Comecei a dar aulas, que felicidade!

por Marcos Cristian, pr

Bem, não é bem assim... contudo no primeiro dia, quase desistir de tudo, quando entrei pela primeira vez numa sala de aula com 45 alunos da primeira série do Ensino Médio, todos conversando, rindo e brincando.Pensei (vou chamar o bombeiro, rsrs) brincadeiras à parte. Contudo percebo que se formos averiguar as situações os alunos são mais coadjuvante de um cenário que está precário, não culpo os professores, pois eles também são coadjuvantes do mesmo, digo as politicas, os governos que não investem na educação para criar um ambiente onde o aluno vai para estudar realmente, pois é alarmante entrar numa sala de aula com 45 alunos e ter condições de dar uma boa aula no tempo de 50 minutos, sem condições.

Mas, alguém dirá, que fazer?

Acredito que somos a maioria e devemos gritar, clamar e não se conformar com esta situação. A força está no povo, o dinheiro está no povo, aliás tudo está no povo. pense nisso!

Vamos parar de achar que não temos condições de mudar ou alterar uma situação que está caótica.

ou dançaremos conforme a música?

Se for real para todos não sei, mas sigo assim.

por Marcos Cristian, pr

Recentemente conheci uma pessoa, que embora sejamos amigos e bem amigos, despertou em nós um sentimento de paixão e amor, como lidar com esses casos, entendendo que a base da nossa relação está baseada na amizade?

Sigo dois pontos importantes para chegar a uma conclusão: primeira parte do principio de honestidade, se a base da relação fora construída numa relação ainda que seja próxima, mas numa relação de amizade, permita-me continuar nessa amizade por respeito à pessoa que está desfrutando isso, e de forma transparente relatar a situação não para unir-se, mas para tomar alguma medida preventiva e satisfatória para ambos, isso não quer dizer que deverão separar-se. Olha eu sempre tenho contato bem próximo com as minhas amigas e, contudo entendo que a relação existente entre nós está na amizade, seria uma desonestidade mudar isso.

Outro ponto é comigo mesmo, quando iniciamos uma amizade, estamos desarmados, no sentido de que nada almejamos que a amizade, isto foi até a proposta da nossa relação, e de repente mudar isso, seria uma desonestidade tamanha comigo mesmo, pois, deverei estar ciente que a pessoa proporcionou a amizade e se finda aí e não prolonga para uma relação que certamente terminará com a própria amizade devido à falta de compromisso de manter a amizade.

Pense nisso...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pensei demais...

Marcos Cristian, pr

Quais são as relações do nosso dia a dia, como enfrentamos os nossos problemas?
Como encaramos as pessoas que temos apatia? Como encarar situações que aparentemente nos dá uma sensação de nova, mas, contudo são as mesmas que colaboram para a nossa tristeza e descontentamento? São tantas coisas que estão em torno de nós mesmos que pensamos que seria melhor não pensar nisso. Todavia, acredito que muitos fazem isso. Contudo o problema permanece na pessoa e será evidenciado de uma outra forma em sua vida, por isso que vemos tantas pessoas que naufragam em vícios, doenças e outras coisas que tiveram as suas origens e situações do dia a dia que poderiam ser tratadas. A mesma coisa vejo no quesito da fé (religião) nunca se inventou tantas igrejas como hoje em dia, olha que são igrejas para todos os tipos não de pessoas, pois enganam-se que diga que as igrejas que surgem têm um perfil da comunidade, muitas delas tem o estilo e perfil de seu líder, é acredito que nisso que vemos na verdade igrejas que aparentemente surgem com um propósito, mas que no decorrer evidenciam de forma semelhantes às demais outras anteriores, as pessoas estão cansadas de igrejas, pois entenderam que as igrejas são e estão sendo os mais terríveis lugares para elas estarem, pois, onde posso encontrar paz, bons relacionamentos, transparência e amor, há tempos atrás poderíamos dizer que era na igreja, permita-me não generalizar, mas vivemos tempos que não encontramos mais estas características dentro das igrejas, se verificarmos vemos que há uma disputa de cargos, há uma feira de vaidades, há uma falta de transparências e os relacionamentos são formados ou baseados em valores e Não na pessoa ou no individuo. Digo isso não para desesperarmos, mas no sentido de avaliarmos se verdadeiramente o lugar onde queremos estar tem ou não estas características. Vemos que muitos lideres, não verdade são pessoas frustradas em seu passado que vêem agora no papel de líder o poder e a autoridade que em outro lugar não obteriam, lideres que dominam e escravizam o povo, que tem prazer em deixar o povo na ignorância, pois desta forma eles não cobraram, não questionaram nada para ele. Que igrejas são estas que chamamos de igrejas cristãs? Que lideres são estes que estão nos liderando? Que pastores são estes que estão nos pastoreando?

Pense nisso!

isso é pior

Outra situação, que tenho deparado ultimamente é a discrepância entre aquilo que falamos com aquilo que praticamos, confiaremos nas pessoas por aquilo que elas falam ou por aquilo que elas demonstram pela prática o que são verdadeiramente. Acredito que estamos cansados de pessoas que prometem e não cumprem, que falam, mas não evidenciam, e o pior, condenam no outro o mal que existem nelas, como fazendo desta forma escaparão do juízo e da condenação.

situação do dia a dia

Bom dia!

Uma situação quase comum, mas não pontuais são os ônibus que embarcamos todos os dias, e pior ainda é quando as situações são as mesmas e as pessoas não cansam de reclamar, tais como: atraso do ônibus, pessoas que travam a catraca, fundo de ônibus com espaço para mais pessoas e as pessoas sem querer ir para lá e sem falar das pessoas que permanecem na porta e descem após você. Isso é horrível, mas é o que acontece e as reclamações sempre serão as mesmas, será que as pessoas não repararam isso!

abração.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Soberania Divina e Autocompatibilidade

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O Deus soberano contradiz a ideia de que o homem exercita o livre-arbítrio no que diz respeito a qualquer assunto, incluindo-se a salvação. A soberania divina e a liberdade humana são mutuamente excludentes. Afirmar uma delas significa negar a outra. Por consequência, a pessoa que insiste em ter aceitado Cristo por causa do livre-arbítrio, e não por causa da escolha soberana de Deus e de sua ação direta na alma, é incapaz de asseverar ao mesmo tempo o Deus soberano. Pelo fato de o único Deus apresentado na Bíblia ser absolutamente soberano, a pessoa que assevera o livre-arbítrio humano é incapaz de sustentar a crença em Deus sem contradição.

Alguns teólogos percebem esse dilema, e dessa forma escolhem crer em uma contradição. No entanto, isso faz com que pareçam estúpidos, e alguns deles não conseguem tolerar a humilhação. Assim eles inventam uma saída, e dizem que a soberania de Deus é “compatível” com a escolha humana. Às vezes afirmam até que a soberania divina é compatível com a “liberdade” humana no sentido de que o homem não é coagido ao fazer uma escolha, e sim que ele escolhe de acordo com o próprio desejo.*

É claro que o homem faz escolhas, mas o que o leva a escolher? Qual é a metafísica da escolha humana? E qual é a explicação metafísica do seu desejo? Se Deus é totalmente soberano, então ele também decide e causa a escolha e o desejo humanos. E se Deus é quem decide e causa a escolha e o desejo do homem, logo dizer que a soberania divina e escolha humana são compatíveis equivale apenas a afirmar que Deus é compatível consigo mesmo. Mas já sabemos disso, e o homem ainda não é livre.

A escolha humana é irrelevante, pois ela surge debaixo da soberania divina. Dizer que o homem não é coagido implica apenas em declarar que nesse caso Deus não faz um efeito do seu poder se chocar com outro efeito do seu poder, como acontece quando ele faz dois objetos colidirem. Contudo, se não há contradição quando Deus faz dois objetos colidirem, então mesmo a coação não acarreta nenhuma contradição. Isso poderia significar apenas que ele faz uma pessoa desejar uma coisa e escolher outra, enquanto o próprio Deus permanece compatível consigo mesmo. Qual seria o problema com isso?

De fato, a soberania absoluta de Deus e a responsabilidade moral do homem são compatíveis. Talvez seja por isso que os teólogos estejam tão incomodados. No entanto, o homem é moralmente responsável apenas pelo fato de Deus ter decidido fazer com que ele preste contas de seus atos. Isso não possui ligação necessária com a escolha ou a liberdade. Nem mesmo a coação elimina a responsabilidade. O que uma tem que ver com a outra? A responsabilidade moral do homem depende da soberania absoluta de Deus, e de nada mais. Portanto, dizer que o home é responsável, mais uma vez, significa afirmar apenas que Deus é compatível com ele mesmo.

Então permanece a incompatibilidade entre a soberania divina e a liberdade humana. Para que o homem seja livre em qualquer sentido relevante, ele deve ser livre de Deus, e se ele for livre de Deus em qualquer sentido e grau, Deus não é então totalmente soberano. Rejeita-se o Deus da Bíblia.

__________
* Refiro-me à doutrina do compatibilismo. Ela ensina uma forma de liberdade humana e apoia a responsabilidade moral nessa liberdade. Já a refutei ao demonstrar que o tipo de liberdade ensinado por ela é irrelevante ao debate sobre a soberania divina, e que não há relação necessária entre a liberdade e responsabilidade. De fato, a Bíblia nega esse relacionamento. (V. Vincent Cheung, O autor do pecado.)

Alguém afirmou que eu representei essa doutrina de forma equivocada ao declarar que ela assevera um tipo de liberdade humana e que ela lança a responsabilidade moral sobre essa liberdade. Essa pessoa disse que a doutrina apenas declara que a soberania divina é compatível com a escolha humana, e que por isso o homem não é coagido, mas escolhe de acordo com o próprio desejo. E indicou John Frame como representante dessa doutrina — e dessa forma como uma pessoa cuja visão eu representei erroneamente.

Assim, citaremos John Frame. Ele escreveu no livro Free Will and Moral Responsibility: “Um conceito alternativo à liberdade, coerente com a teologia reformada e sustentado por um número de filósofos […] é chamado designado com frequência ‘compatibilismo’, pois com base nele, o livre-arbítrio e o determinismo (o conceito de que todos os acontecimentos na criação são causados) são compatíveis. O compatibilismo afirma de maneira simples que a tomar decisões morais, somos livres para fazer o que quisermos, par seguirmos nossos desejos. […] A teologia reformada reconhece que todas as pessoas contam com a liberdade na acepção compatibilista. […] Creio que a liberdade compatibilista é o tipo principal de liberdade necessária à responsabilidade moral”. Frame afirma de modo explícito que o compatibilismo ensina uma forma de liberdade, e ela é imprescindível à responsabilidade moral.

A pessoa que me acusou de representar equivocadamente também disse que o compatibilismo não assevera que o homem é livre de Deus, como escrevi. Ele me entendeu mal. Compreendo que o compatibilismo não declara o homem livre de Deus, e por essa razão é irrelevante. Meu ponto é a impossibilidade da existência de qualquer tipo de liberdade que preconize a liberdade de Deus, e qualquer tipo de liberdade que não preconize a liberdade de Deus é irrelevante. O fato de o homem não ser coagido também é irrelevante, pois sendo Deus soberano, é ele quem causa o desejo e a escolha dos seres humanos.

Quanto à minha posição, digo que a soberania divina e liberdade humana são incompatíveis e mutuamente excludentes, e pelo fato de Deus ser soberano, o homem não é livre. Aparentemente, a pessoa que me acusou gostaria de debater sobre este ponto, mas não soube como proceder. E não há como fazê-lo. Talvez a confusão tenha sido alimentada pela recusa em aceitar que sua doutrina acalentada tenha sido apresentada tão facilmente como algo ridículo e irrelevante.


Tradução: Rogério Portella

segunda-feira, 22 de março de 2010

Qual a Influência de Satanás, na Tentação?

Publicado em 19 de março de 2010 – 21:26

por Solano Portela

1. A Bíblia explica pouco sobre a mecânica da tentação, no que diz respeito ao papel de Satanás. Ela fala da realidade da tentação e sobre a influência maligna de Satanás, mas não entra em detalhes do processo, especialmente no que diz respeito ao crente. Os textos de Tiago (1.13-270, que são os que mais detalhadamente apresentam o modus operandi da tentação, parecem ter sido destinados a reafirmar categoricamente (1) que a origem do Mal não pode ser atribuída a Deus, (2) que existe pecaminosidade e concupiscência nata e latente em cada pessoa e (3) que não existe desculpa às pessoas quando elas caem em tentações, pois, seguindo a própria inclinação da carne, permitem a transformação da tentação em pecado. Quer me parecer que se a intenção da doutrina fosse estabelecer o papel de Satanás e sua penetração no íntimo do pensamento humano, este seria o local para detalhar a sua atuação — mas ela silencia e não deixa nem o próprio Satanás ser mencionado e responsabilizado pela transformação da tentação em pecado, lançando um chamado à nossa responsabilidade individual.


2. Na realidade, a Bíblia, fala pouquíssimo sobre a origem de Satanás. Ela nem tenta prová-la. Sua existência e personalidade é presumida e apresentada ao longo de toda a narrativa e dos textos tanto históricos como doutrinários. Essas são as coisas que nos foram reveladas. Obviamente muitas permanecem ocultas e, nesse sentido, no âmbito do conhecimento divino, não o nosso.


3. Podemos procurar escritos de reformadores e de teólogos de maior expressão e importância em nossa doutrina reformada, que escreveram no transcurso da história da Igreja, algum posicionamento sobre a questão, mas vamos encontrar quase nada desenvolvido ou apresentado. Esse fato, em paralelo aos pontos 1 e 2, acima, deveria nos levar ao caminho da prudência, no que diz respeito a afirmações mais ousadas e diretas sobre os poderes de Satanás, que é anjo caído.


4. Um dos tratamentos mais extensos que encontraremos, é o do grande teólogo Charles Hodge. Uma das suas colocações é: “… no que diz respeito ao conhecimento dos anjos, ao modo como operam, ou quanto aos objetos desse conhecimento, nada em especial é revelado …” (Systhematic Theology, pg. 638 do Vol. I). Ele continua indicando que “…. o seu poder tem grande extensão sobre mentes e matéria. Eles se comunicam uns com os outros e com outras mentes”. Note, porém, que ele não vai além da admissão de comunicação. Continua, em outro ponto: eles “… possuem as limitações de criaturas. Não podem mudar substâncias, alterar leis da natureza, realizar milagres, agir sem os devidos meios, pesquisar os corações – todas essas prerrogativas de Deus”. De acordo com Hodge, os poderes dos anjos são, portanto:


a. Dependentes e derivados.
b. Exercidos de conformidade com as leis do mundo material e espiritual.
c. Não de intervenção aleatória, mas permitida ou coordenada por Deus.


Os Anjos não mediam e não devemos atribuir efeitos a eles que a Bíblia atribui à agência e à providência de Deus. Em um ponto, Hodge diz que “… eles possuem acesso às nossas mentes e podem influenciá-las para o bem de acordo com a lei de suas naturezas, pelo uso de meios apropriados. Podem sugerir verdades e direcionar nossos pensamentos e sentimentos. Se os anjos se comunicam entre si, não existe razão porque não podem, de forma semelhante, se comunicar com outros espíritos. Um anjo fortaleceu o nosso Senhor Jesus Cristo, no jardim… Sl 91.11, 12; 34.7; Mt 18.10; Lc 16.22”. Mas ele alerta para o fato de que “… grandes problemas e males tem surgido pelo exagero dos poderes e agências dos espíritos malignos. Criou-se a noção de que eles podem estabelecer pactos e concertos com pessoas – esse entendimento resultou nas perseguições por feitiçaria e encantamento que escreveram páginas negras nos anais das nações e da igreja”. Hodge conclui alertando que é suficiente se aderir ao ensino claro das Escrituras e chama atenção para a visão mística de Lutero, que possuía o ensinamento errôneo de que todos os males físicos observáveis, procedem da agência do Diabo, como por exemplo, um incêndio em uma residência, atribuindo poderes a Satanás muito superiores aos que a Bíblia considera, e confundindo até a providência divina em paridade com os atos do maligno (quando, na realidade, até o maligno está englobado no governo soberano de Deus – sem que Deus seja o autor do pecado).


5. Devemos reconhecer que existe a necessidade real das pessoas se conscientizarem de que Satanás não é uma proposição acadêmica, mas um personagem real que ameaça a todos e que se compraz em nos derrubar, mas deveríamos caminhar até onde a Palavra nos leva.


6. As afirmações categóricas da Fé Reformada são encontradas exatamente na riqueza de detalhes do trabalho de Cristo e na declaração de sua vitória sobre Satanás, que abriga todos os salvos sob essa gloriosa liberdade da escravidão. Veja, por exemplo, o Catecismo de Heildeberg, em sua pergunta — “Qual o seu único conforto na vida e na morte?” e trecho de sua respectiva resposta: “… Ele plenamente pagou por todos os meus pecados com o Seu precioso sangue e me libertou de todo o poder do Diabo”. Nesse sentido, Satanás não tem poder sobre os que foram lavados pelo sangue do Nosso Senhor Jesus Cristo (1 Jo 3.8; 4.4; 5.18). Os crentes fazem parte de um povo vencedor, escolhidos por Cristo para a vitória — nossos irmãos devem ser relembrados disso, ao mesmo tempo em que se conscientizem da realidade de Satanás e de sua permanente luta contra Cristo e contra os Seus.


7. Alguns pontos que são afirmados por muitos irmãos carecem de um embasamento maior. Por exemplo:


a. A divisão da psyche humana em “consciente”, “subconsciente” e “inconsciente” – fórmula em que muitos se baseiam para desenvolver uma explicação da mecânica da tentação – não é uma verdade tão universalmente aceita, assim. Isso pode até parecer um esquema didaticamente interessante, mas não é derivado de nenhuma passagem bíblica (e ela disseca bem o homem interior, em Romanos 1 e 2) e tal divisão tem sido habilmente contestada por muitos.


b. Muito indicam que o diabo pode exercer “irresistível influência em nós”, mas a Palavra afirma exatamente o contrário – mandando-nos resistir (Tg 4.7) e indicando que não existe provação acima de nossas forças (1 Co 10.13). Além disso, temos muitos trechos das Escrituras que nos falam da vitória de Cristo e dos Seus sobre Satanás.


c. Outros afirmam que o Diabo pode “habitar nos seres humanos, desde que lhe dê espaço”. Essa afirmação genérica deixa margem para inclusão até dos escolhidos, o que seria uma contradição bíblica com passagens que afirmam o trabalho completo de redenção da Igreja de Cristo. A expressão “desde que lhe dê espaço” não se harmoniza, tão pouco com os relatos de possessão demoníaca de descrentes encontrados na Bíblia, pois, nos casos registrados não há qualquer indicação de que “foi dado espaço”, ou seja, de que a possessão era voluntária e optativa pelo possuído.


d. Às vezes faz-se objeção à utilização da palavra “onisciência”, como exclusiva da divindade, dizendo-se que esse termo não ocorre na Bíblia. Entretanto, da mesma forma, “trindade” também não aparece. A ausência de ocorrência não torna a doutrina da onisciência menos bíblica do que a da trindade, sendo que ela é sempre apresentada como prerrogativa de Deus.


e. Às vezes crentes colocam considerável poder na pessoa de Satanás, mas procuram limitar e diferenciar esse poder do poder divino dizendo que o poder de conhecimento de Satanás se limita Satanás à ciência do presente. Entretanto, todos esses reconhecem que estão a serviço do Diabo agoureiros, cartomantes e outros que se propõem exatamente a ler e revelar o futuro.


f. Muitos acreditam que o Diabo pode exercer influência em nossas pessoas “por habitação”. Essa afirmação, realmente, entra em terreno bem perigoso e confuso, abrindo a porta para o ensinamento não bíblico de possessão demoníaca na vida dos crentes.


g. Algumas pessoas falam da influência de Satanás “por habitação”. Uma exposição desse ponto chegou a a utilizar, como prova, Lc 4.13. Acontece que este verso fala da tentação de Cristo e diz “e, acabando o DIABO toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo”. A Palavra de Deus descreve a tentação de Cristo como sendo uma intensa interação de comunicação na forma de diálogo e, presença real dos dois no deserto. Fisicamente Cristo é trasladado de um ponto para outro e assim por diante. Não existe qualquer indicação que o Diabo estivesse tentando a Cristo “por habitação”. O retirar-se de Satanás foi da presença de Cristo, não do INTERIOR de sua pessoa, como infere o desenrolar dessa argumentação.


8. A Palavra de Deus contém o registro de vários casos de possessão demoníaca sofridas por descrentes, mas não detalham (exceto o texto já referido de Tg 1.13) a mecânica da tentação. Outros (como no caso de Paulo) falam da realidade e da presença do pecado até na vida do crente – ensinamento contra o qual não temos qualquer objeção e que é assim entendido por nossos símbolos de Fé. Por fim, neste ponto, uma exegese correta de Ap. 2.13, mostrará que a expressão “trono de Satanás” tem um significado histórico bem palpável e real e não se refere a Satanás fazer morada no meio daqueles que constituem a igreja resgatada por Cristo — prerrogativa essa do próprio Espírito Santo.


9. Algumas vezes, na tentativa de esclarecer os fiéis, muitos irmãos geram, na realidade, confusão com um som de trombeta dissonante. Será difícil achar um cristão que não afirme que o Diabo não tem poder sobre Jesus. Muitos também concordarão que ele não tem poder sobre os amados do Senhor (ótimo!). Mas um grande segmento afirma – “…nas horas que estamos fracos, isso pode acontecer”. Afinal, pensa o nosso irmãozinho que ouve o ensinamento, “tem poder ou não tem?”


Com freqüência somos atraídos por pontos especulativos e às vezes passamos à frente idéias não solidificadas, do ponto de vista teológico. Encontramos controvérsia e dificuldades e enfrentamos problemas. É bem possível que Deus queira nos levar a verificar a importância de nos limitarmos ao claro ensinamento das escrituras ou à simples pregação expositiva. Afinal, temos tanto que caminhar, e as coisas óbvias são tão desrespeitadas em nosso meio, porque especular no ensino?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Foi um total de 80km(ida e volta) de São Paulo a Jundiaí.

Pedal em Jundiaí

 

 

 

 
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O que é psicanalise?

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Psicanálise é um campo clínico e de investigação teórica desenvolvido por Sigmund Freud, médico neurologista vienense nascido em 1856. Propõe-se à compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente. Essencialmente é uma teoria da personalidade e um procedimento de psicoterapia contudo é inquestionável, em nossos dias, suas contribuições para compreensão da ética, moralidade e cultura humana.

Conceituação

Os primórdios da psicanálise datam de 1882 quando Freud, médico recém formado, trabalhou na clínica psiquiátrica de Theodor Meynert, e mais tarde, em 1885, com o médico frânces Charcot, no Hospital Salpêtrière (Paris, França). Sigmund Freud, um médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos. Ao escutar seus pacientes, Freud acreditava que seus problemas se originaram da inaceitação cultural, ou seja, seus desejos eram reprimidos, relegados ao inconscientes. Notou também que muitos desses desejos se tratavam de fantasias de natureza sexual.
O método básico da psicanálise é o manejo da transferência e da resistência em análise. O analisado, numa postura relaxada, é solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente (método de associação livre). Suas aspirações, angústias, sonhos e fantasias são de espcecial interesse na escuta, como também todas as experiências vividas são trabalhadas em análise. Escutando o analisado, o analista tenta manter uma atitude empática de neutralidade. Uma postura de não-julgamento, visando a criar um ambiente seguro.
A originalidade do conceito de inconsciente introduzido por Freud deve-se à proposição de uma realidade psíquica, característica dos processos inconscientes. Por outro lado, analisando-se o contexo da época observa-se que sua proposição estabeleceu um dialógo crítico à proposiçoes Wilhelm Wundt (1832 — 1920) da psicologia com a ciência que tem como objeto a consciência entendida na perspectiva neurológica (da época) ou seja opondo-se aos estados de coma e alienção mental. (Goodwin)

Muitos colocam a questão de como observar o inconsciente. Se a Freud se deve o mérito do termo "inconsciente", pode-se perguntar como foi possível a ele, Freud, ter tido acesso a seu inconsciente para poder ter tido a oportunidade de verificar seu mecanismo, já que não é justamente o inconsciente que dá as coordenadas da ação do homem na sua vida diária.
Não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), o conhecemos somente por suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas diversos expressos no corpo. Nas suas conferência na Clark University (publicadas como Cinco lições de psicanálise) nos recomenda a interpretação como o meio mais simples e a base mais sólida de conhecer o inconsciente.
Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que ele introduz na dimensão da consciência uma opacidade. Isto indica um modelo no qual a consciência aparece, não como instituidora de significatividade, mas sim como receptora de toda significação desde o inconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é a grande idéia de que temos no inconsciente uma outra personalidade atuante, em conjuntura com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e ação.

Correntes, dissensões e críticas

Diversas dissidências da matriz freudiana foram sendo verificadas ao longo do século XX, tendo a psicanálise encontrado seu apogeu nos anos 50 e 60.
As principais dissensões que passou o criador da psicanálise foram C. G. Jung e Alfred Adler, que participavam da expansão da psicanálise no começo do século XX. C. G. Jung, inclusive, foi o primeiro presidente do Instituto Internacional de Psicanálise (IPA), antes de sua renúncia ao cargo e a seguidor das idéias de Freud. Outras dissidências importantes foram Otto Rank, Erich Fromm. No entanto, a partir da teoria psicanalítica de Freud, fundou-se uma tradição de pesquisas envolvendo a psicoterapia, o inconsciente e o desenvolvimento da práxis clínica, com uma abordagem puramente psicológica.
Desenvolvimentos como a psicoterapia humanista/existencial, psicoterapia reichiana, dentre diversas e tantas terapias existentes, foram, sem dúvida, influenciadas pela tradição psicanalítica, embora tenham conferido uma visão particular para os conteúdos da psicologia clínica.
O método de interpretar os pacientes e buscar a cura de enfermidades físicas e mentais através de um diálogo sistemático/metodológico com os pacientes foi uma inovação trazida por Freud. Até então, os avanços na área da psicoterapia eram obsoletas e tinham um apelo pela sugestão ou pela terapia com banhos, sangrias e outros métodos antigos no combate às doenças mentais.
Sua contribuição para a Medicina, Psicologia, e outras áreas do conhecimento humano (arte, literatura, sociologia, antropologia, entre outras) é inegável. O verdadeiro choque moral provocado pelas idéias de Freud serviu para que a humanidade rompesse, ou pelo menos repensasse muito de seus tabus e preconceitos na compreensão da sexualidade, e atingisse um maior grau de refinamento e profundidade na busca das verdades psíquicas do ser humano.
Na atualidade, a Psicanálise já nao se limita à prática e tem uma amplitude maior de pesquisa, centrada em outros temas e cenários, desenvolvendo-se como uma ciência psicológica autônoma. Hoje fica muito difícil afirmar se a Psicanálise é uma disciplina da Psicologia ou uma Psicologia própria.
Após Freud, muitos outros psicanalistas contribuiram para o desenvolvimento e importância da psicanálise. Entre alguns, podemos citar Melanie Klein, Winnicott, Bion e André Green. No entanto, a principal virada no seio da psicanálise, que conciliou ao mesmo tempo a inovação e a proposta de um "retorno a Freud" veio com o psicanalista francês Jacques Lacan. A partir daí outros importantes autores surgiram e convivem em nosso tempo, como Françoise Dolto, Serge André, J-D Nasio e Jacques-Alain Miller.
 
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Rota Márcia Prado em 19/01/2009

 

 

 

 
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