quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Liderança Masculina na Igreja

por Vincent Cheung


A mulher deve aprender em silêncio, com toda a sujeição. Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem. Esteja, porém, em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, e depois Eva. E Adão não foi enganado, mas sim a mulher que, tendo sido enganada, tornou-se transgressora. Entretanto, a mulher será salva dando à luz filhos — se permanecerem na fé, no amor e na santidade, com bom senso. (1 Timóteo 2.11-15)
Vivemos num mundo de preconceito. Alguns pensam que os judeus são superiores aos não judeus, outros pensam que os homens são superiores às mulheres, e alguns pensam que os ricos são superiores aos pobres. O preconceito existe em toda direção, de forma que com grande amargura, alguns insistiriam que as mulheres são superiores aos homens, e outros alegariam que os pobres são superiores aos ricos, pelo menos em virtude. A solução do mundo para o preconceito é minimizar essas distinções; contudo, visto que essas distinções são inerentes ou permanentes, ou pelo menos difíceis de mudar, as distinções e o preconceito permanecem, e esses tipos diferentes de pessoas são deixadas sem qualquer princípio que as una.
A tentativa do mundo de minimizar as distinções geralmente sugere que todos os tipos de pessoas são boas. Isso é falso e tem resultado em fracasso. A abordagem da Bíblia é inteiramente diferente. Ela condena todos os tipos de pessoas como culpadas diante de Deus. Quer uma pessoa seja judeu ou não judeu, homem ou mulher, rico ou pobre, ele ou ela nasceu um pecador, um filho da ira. Não importa a qual grupo uma pessoa pertença, a Bíblia diz, “não há diferença”. Todos os homens e mulheres são desprezíveis. Mas então, ela declara Jesus Cristo como o verdadeiro princípio de unidade entre aqueles que olham para ele como Cabeça e Senhor. Nele, o judeu não é superior ao não judeu, porque nenhuma raça pode se comparar à raça da nova criação, a raça de Jesus Cristo. O homem não é superior à mulher, visto que por meio de Cristo somos todos membros de um corpo. O rico não é superior ao pobre, pois somos todos co-herdeiros das verdadeiras riquezas em Cristo Jesus.
Ao absorver as distinções humanas na verdadeira unidade por meio de Jesus Cristo, a única distinção que importa fica em primeiro plano, e essa é a distinção entre cristãos e não cristãos. A raça, sexo e classe de uma pessoa não faz nenhuma diferença quando diz respeito ao seu acesso a Deus por meio de Jesus Cristo. Mas se uma pessoa vem ou não por meio de Jesus Cristo faz a diferença decisiva, pois ele é o único caminho para Deus e para a salvação do pecado e do inferno. Dessa forma, desde o princípio, a Bíblia divide a humanidade em dois grupos principais.
Todavia, seria um engano pensar que a Escritura abole as distinções entre raça, sexo e classe. Onde relevante, ela repetidamente reforça algumas dessas distinções que Deus instituiu quer pela criação ou pela providência. Repetindo, a Bíblia não compartilha da abordagem do mundo ao promover a harmonia entre os homens. É adotando-se o pensamento do mundo na leitura de certas passagens bíblicas que alguns têm chegado ao ponto de se opor a vários ensinos proeminentes e explícitos da Escritura, como aqueles com respeito à liderança masculina no lar e na igreja.
A Bíblia de fato diz que não existe judeu e gentio, nem macho e fêmea, e assim por diante, em Cristo, mas o contexto sempre tem a ver com condenação e justificação da humanidade. Isto é, se macho ou fêmea, todos os humanos estão condenados em Adão. E quer macho ou fêmea, todos os que creem em Cristo são salvos por ele. As distinções humanas permanecem. Uma pessoa rica não perde todo o seu dinheiro simplesmente porque se torna um cristão. O dinheiro ainda lhe pertence, e ele ainda pode comprar coisas que o pobre não pode. Isso é estabelecido pela providência de Deus. Os dois estavam igualmente condenados sob Adão, e agora estão igualmente justificados, e têm acesso igual ao trono da graça. Todavia, a posição terrena deles não mudou. O mesmo se aplica à raça e sexo.
Quando diz respeito à ordem no lar, a Bíblia é clara que o homem é o cabeça da casa, e a esposa deve se submeter a ele em tudo como ao Senhor. Aqui Paulo está se referindo à ordem na casa de Deus, ou a igreja, e ele declara que os homens devem assumir a liderança, e as mulheres não devem usurpá-los. Isso poderia parecer machista de acordo com os padrões do mundo, e é patético ver como cristãos que aderem aos ensinos da Bíblia tentam, todavia, explicar como essa passagem não é machista. Por que devo me importar com os padrões do mundo? De acordo com os não cristãos – pelo menos alguns deles, visto que não há concordância entre eles – isso é de fato machista. E daí? Os padrões deles estão errados. A Bíblia diz que, por causa do seu intelecto deficiente, eles consideram o evangelho como loucura, mas nós compreendemos que ele é o poder e a sabedoria de Deus. Ao invés de convencê-los que a Bíblia não viola os padrões deles, os cristãos deveriam atacar esses padrões.
Não há nada na Escritura que proíba oportunidades de aprendizado às mulheres. Elas devem ter acesso igual aos ensinos bíblicos. Contudo, a Escritura de fato proíbe-as de assumir posições de autoridade na igreja. Isso não significa que suas oportunidades de ministério sejam muito limitadas, mas apenas que sua influência oficial é restringida, e que a obra ministerial que realizam deve ser feita sob a supervisão de liderança masculina. A esposa não pode ser a cabeça no lar sobre o marido, mas ela tem tremenda liberdade enquanto agir sob a autoridade do marido. Um princípio similar se aplica à casa de Deus.
Há uma mulher pregadora cujo ministério é internacionalmente reconhecido hoje. A organização e suas publicações estão todas sob sua autoridade. Seu marido é reduzido a um papel tão insignificante que passei anos sem sequer saber o seu nome, até que vi um pequeno anúncio na revista dela que mencionava algo sobre ele. Certa feita a ouvi falar sobre um texto bíblico que tratava da submissão feminina à liderança masculina. Ela não poderia negar as claras palavras da passagem, mas num momento ela urrou: “Eu me submeto ao meu marido!”. Após isso, a audiência estava muito assustada para discordar dela.
Uma mulher como essa é uma desgraça para Cristo, uma desonra para o seu marido, e ensina rebelião a mulheres crentes que invejam o que parece ser uma liberdade para servir a Cristo sem os impedimentos das restrições dos seus maridos. Por outro lado, alguém pode se perguntar como ela teve permissão de levar as coisas tão longe. É provável que seu marido tenha abandonado a liderança devido à personalidade mais forte dela. Embora isso poderia parecer como um ato de amor, é na verdade um ato de rebelião contra Deus, e contra a ordem que ele prescreveu para o lar e para a igreja. Tal arranjo permite que um homem tire covardemente o peso de si, mas essa é uma responsabilidade que Deus colocou sobre ele, e não sobre sua esposa. Como os líderes designados, espera-se que os homens reforcem as instruções de Deus. Dessa forma, quando as mulheres subvertem a ordem correta, os homens também são culpados. A ira de Deus não estará longe do caos e do desastre que resultarão.
Se os homens fracassam em liderar, em supervisionar e dar direção, e as mulheres não podem subvertê-los, então uma grande frustração é inevitável. Não é suficiente que os homens se oponham à liderança feminina – isso em si mesmo não é liderança. Os homens devem assumir os papéis que Deus ordenou para eles, sem medo, vergonha ou apologia, e então fazer esforços organizados para mobilizar todos os membros do corpo de Cristo para realizar a obra que Deus prescreveu para eles, homens e mulheres.

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