de Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Este blog, constará de artigos como também de situações do dia a dia que passam despercebidas,mas que contém valores para nós. vale a pena conferir!
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
O Perigo da Complacência Cristã
J. C. Ryle
Os tempos exigem visões precisas e claras da doutrina cristã. Não posso negar a minha convicção de que a igreja nominal é tão prejudicada pela frouxidão e falta de clareza internamente, como pelos céticos e incrédulos externamente. Milhares de cristãos hoje parecem totalmente incapazes de distinguir coisas diferentes. Assim como os daltônicos com relação às cores, eles não conseguem diferençar o que é verdadeiro ou falso, o que convém ou não. Se o pregador for esperto, eloqüente e fervoroso, acham-no perfeito, por mais estranhos e heterodoxos que sejam os seus sermões. São aparentemente desprovidos de bom-senso espiritual e não conseguem identificar o erro. A única coisa categórica sobre eles é que desprezam a precisão [doutrinária] e acham que todas as visões extremas, radicais e taxativas são grandemente censuráveis e muito erradas!
Essas pessoas vivem no meio de uma neblina ou nevoeiro. Não veem as coisas com clareza nem sabem no que creem. Não têm nenhuma convicção sobre as grandes questões do evangelho e parecem estar satisfeitas com serem membros honorários de toda e qualquer linha de pensamento. Ainda que a vida delas estivesse em jogo, não poderiam lhe dizer o que consideram como verdade sobre justificação, regeneração, santificação, Ceia do Senhor, batismo, fé ou conversão, inspiração, ou o estado futuro. São consumidas pelo medo doentio da controvérsia e pelo desprezo ignorante ao espírito partidário; nada obstante não conseguem definir de fato o que querem dizer com tais expressões. E assim, vivendo sem clareza e por demais obscurecidos, deixam-se descer à sepultura sem consolo na própria fé e, temo eu, muitas vezes sem esperança.
Não é difícil achar a explicação para essa condição espiritual que não tem ossos, nervos, conteúdo. Para começar, com relação à fé, o coração do homem está naturalmente nas trevas — sem o mínimo senso intuitivo da verdade — e carece verdadeiramente de instrução e iluminação. Além disso, o coração natural da maioria dos homens odeia a diligência religiosa e despreza sinceramente a inquirição paciente e esforçada. Acima de tudo, o coração natural gosta geralmente de ser louvado pelos outros, esquiva-se da controvérsia e adora ser considerado caridoso e liberal. O resultado geral é que uma espécie de amplo “agnosticismo” religioso se ajusta a grande número de pessoas, especialmente às mais jovens. Elas contentam-se em descartar como lixo toda questão controversa e quando acusadas de indecisão, respondem: “Não tenho a pretensão de entender de controvérsias. Recuso-me a examinar questões polêmicas. Acho que, no fim das contas, é tudo a mesma coisa”. Quem não sabe que pessoas assim infestam e enxameiam todos os lugares?
Assim, rogo a todos que se protejam desse estado mental indeciso relativo à fé. Ele é a peste que se propaga nas trevas e a destruição que assola ao meio-dia; é uma disposição espiritual preguiçosa e indolente que, obviamente, livra o homem do trabalho de pensar e de investigar, para o qual, entretanto, não há fundamento na Bíblia. Por amor à sua alma, ouse decidir-se sobre o que crê e atreva-se a tomar posições bem-definidas e claras sobre a verdade e o erro. Nunca, nunca mesmo, tenha medo de defender opiniões doutrinárias nítidas nem deixe que o medo a homens ou o terror mórbido de ser considerado um espírito partidário, bitolado ou afeito à controvérsia lhe torne acomodado e satisfeito com um cristianismo desprovido de sangue, de ossos, de cor, de calor, não dogmático.
Tome nota do que eu digo. Se quiser fazer o bem nos dias de hoje, ponha realmente a indecisão de lado e assuma uma fé doutrinariamente clara e incisiva. Se você acreditar pouco, aqueles a quem você procura fazer o bem não acreditarão nada. As vitórias do cristianismo foram sempre alcançadas pela teologia doutrinariamente clara; por se falar abertamente aos homens da morte vicária e do sacrifício de Cristo, constrangendo-os a crerem no Salvador crucificado; por se pregar a ruída do pecado, a redenção por Cristo, a regeneração pelo Espírito; por se levantar a serpente de bronze; por se advertir para que olhem e vivam — para que creiam, se arrependam e sejam convertidos. Esse, exatamente esse, é o único ensinamento que Deus tem honrado com o sucesso ao longo dos séculos e ainda hoje está honrando, tanto em casa como no estrangeiro.
É a doutrina — a doutrina, a doutrina clara e vibrante que, semelhante às trombetas em Jericó, derruba a oposição do diabo e do pecado. Não importa o que alguns gostem de dizer nestes dias, apeguemo-nos a visões doutrinais claras e faremos bem a nós mesmos, aos outros e à causa de Cristo no mundo.
* John Charles Ryle (10/5/1816 ~ 10/6/1900) nasceu em Macclesfield e estudou em Eton e Christ Church, Oxford; foi o primeiro Bispo anglicano de Liverpool.
Os tempos exigem visões precisas e claras da doutrina cristã. Não posso negar a minha convicção de que a igreja nominal é tão prejudicada pela frouxidão e falta de clareza internamente, como pelos céticos e incrédulos externamente. Milhares de cristãos hoje parecem totalmente incapazes de distinguir coisas diferentes. Assim como os daltônicos com relação às cores, eles não conseguem diferençar o que é verdadeiro ou falso, o que convém ou não. Se o pregador for esperto, eloqüente e fervoroso, acham-no perfeito, por mais estranhos e heterodoxos que sejam os seus sermões. São aparentemente desprovidos de bom-senso espiritual e não conseguem identificar o erro. A única coisa categórica sobre eles é que desprezam a precisão [doutrinária] e acham que todas as visões extremas, radicais e taxativas são grandemente censuráveis e muito erradas!
Essas pessoas vivem no meio de uma neblina ou nevoeiro. Não veem as coisas com clareza nem sabem no que creem. Não têm nenhuma convicção sobre as grandes questões do evangelho e parecem estar satisfeitas com serem membros honorários de toda e qualquer linha de pensamento. Ainda que a vida delas estivesse em jogo, não poderiam lhe dizer o que consideram como verdade sobre justificação, regeneração, santificação, Ceia do Senhor, batismo, fé ou conversão, inspiração, ou o estado futuro. São consumidas pelo medo doentio da controvérsia e pelo desprezo ignorante ao espírito partidário; nada obstante não conseguem definir de fato o que querem dizer com tais expressões. E assim, vivendo sem clareza e por demais obscurecidos, deixam-se descer à sepultura sem consolo na própria fé e, temo eu, muitas vezes sem esperança.
Não é difícil achar a explicação para essa condição espiritual que não tem ossos, nervos, conteúdo. Para começar, com relação à fé, o coração do homem está naturalmente nas trevas — sem o mínimo senso intuitivo da verdade — e carece verdadeiramente de instrução e iluminação. Além disso, o coração natural da maioria dos homens odeia a diligência religiosa e despreza sinceramente a inquirição paciente e esforçada. Acima de tudo, o coração natural gosta geralmente de ser louvado pelos outros, esquiva-se da controvérsia e adora ser considerado caridoso e liberal. O resultado geral é que uma espécie de amplo “agnosticismo” religioso se ajusta a grande número de pessoas, especialmente às mais jovens. Elas contentam-se em descartar como lixo toda questão controversa e quando acusadas de indecisão, respondem: “Não tenho a pretensão de entender de controvérsias. Recuso-me a examinar questões polêmicas. Acho que, no fim das contas, é tudo a mesma coisa”. Quem não sabe que pessoas assim infestam e enxameiam todos os lugares?
Assim, rogo a todos que se protejam desse estado mental indeciso relativo à fé. Ele é a peste que se propaga nas trevas e a destruição que assola ao meio-dia; é uma disposição espiritual preguiçosa e indolente que, obviamente, livra o homem do trabalho de pensar e de investigar, para o qual, entretanto, não há fundamento na Bíblia. Por amor à sua alma, ouse decidir-se sobre o que crê e atreva-se a tomar posições bem-definidas e claras sobre a verdade e o erro. Nunca, nunca mesmo, tenha medo de defender opiniões doutrinárias nítidas nem deixe que o medo a homens ou o terror mórbido de ser considerado um espírito partidário, bitolado ou afeito à controvérsia lhe torne acomodado e satisfeito com um cristianismo desprovido de sangue, de ossos, de cor, de calor, não dogmático.
Tome nota do que eu digo. Se quiser fazer o bem nos dias de hoje, ponha realmente a indecisão de lado e assuma uma fé doutrinariamente clara e incisiva. Se você acreditar pouco, aqueles a quem você procura fazer o bem não acreditarão nada. As vitórias do cristianismo foram sempre alcançadas pela teologia doutrinariamente clara; por se falar abertamente aos homens da morte vicária e do sacrifício de Cristo, constrangendo-os a crerem no Salvador crucificado; por se pregar a ruída do pecado, a redenção por Cristo, a regeneração pelo Espírito; por se levantar a serpente de bronze; por se advertir para que olhem e vivam — para que creiam, se arrependam e sejam convertidos. Esse, exatamente esse, é o único ensinamento que Deus tem honrado com o sucesso ao longo dos séculos e ainda hoje está honrando, tanto em casa como no estrangeiro.
É a doutrina — a doutrina, a doutrina clara e vibrante que, semelhante às trombetas em Jericó, derruba a oposição do diabo e do pecado. Não importa o que alguns gostem de dizer nestes dias, apeguemo-nos a visões doutrinais claras e faremos bem a nós mesmos, aos outros e à causa de Cristo no mundo.
* John Charles Ryle (10/5/1816 ~ 10/6/1900) nasceu em Macclesfield e estudou em Eton e Christ Church, Oxford; foi o primeiro Bispo anglicano de Liverpool.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Liderança Masculina na Igreja
por Vincent Cheung
A mulher deve aprender em silêncio, com toda a sujeição. Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem. Esteja, porém, em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, e depois Eva. E Adão não foi enganado, mas sim a mulher que, tendo sido enganada, tornou-se transgressora. Entretanto, a mulher será salva dando à luz filhos — se permanecerem na fé, no amor e na santidade, com bom senso. (1 Timóteo 2.11-15)
Vivemos num mundo de preconceito. Alguns pensam que os judeus são superiores aos não judeus, outros pensam que os homens são superiores às mulheres, e alguns pensam que os ricos são superiores aos pobres. O preconceito existe em toda direção, de forma que com grande amargura, alguns insistiriam que as mulheres são superiores aos homens, e outros alegariam que os pobres são superiores aos ricos, pelo menos em virtude. A solução do mundo para o preconceito é minimizar essas distinções; contudo, visto que essas distinções são inerentes ou permanentes, ou pelo menos difíceis de mudar, as distinções e o preconceito permanecem, e esses tipos diferentes de pessoas são deixadas sem qualquer princípio que as una.
A tentativa do mundo de minimizar as distinções geralmente sugere que todos os tipos de pessoas são boas. Isso é falso e tem resultado em fracasso. A abordagem da Bíblia é inteiramente diferente. Ela condena todos os tipos de pessoas como culpadas diante de Deus. Quer uma pessoa seja judeu ou não judeu, homem ou mulher, rico ou pobre, ele ou ela nasceu um pecador, um filho da ira. Não importa a qual grupo uma pessoa pertença, a Bíblia diz, “não há diferença”. Todos os homens e mulheres são desprezíveis. Mas então, ela declara Jesus Cristo como o verdadeiro princípio de unidade entre aqueles que olham para ele como Cabeça e Senhor. Nele, o judeu não é superior ao não judeu, porque nenhuma raça pode se comparar à raça da nova criação, a raça de Jesus Cristo. O homem não é superior à mulher, visto que por meio de Cristo somos todos membros de um corpo. O rico não é superior ao pobre, pois somos todos co-herdeiros das verdadeiras riquezas em Cristo Jesus.
Ao absorver as distinções humanas na verdadeira unidade por meio de Jesus Cristo, a única distinção que importa fica em primeiro plano, e essa é a distinção entre cristãos e não cristãos. A raça, sexo e classe de uma pessoa não faz nenhuma diferença quando diz respeito ao seu acesso a Deus por meio de Jesus Cristo. Mas se uma pessoa vem ou não por meio de Jesus Cristo faz a diferença decisiva, pois ele é o único caminho para Deus e para a salvação do pecado e do inferno. Dessa forma, desde o princípio, a Bíblia divide a humanidade em dois grupos principais.
Todavia, seria um engano pensar que a Escritura abole as distinções entre raça, sexo e classe. Onde relevante, ela repetidamente reforça algumas dessas distinções que Deus instituiu quer pela criação ou pela providência. Repetindo, a Bíblia não compartilha da abordagem do mundo ao promover a harmonia entre os homens. É adotando-se o pensamento do mundo na leitura de certas passagens bíblicas que alguns têm chegado ao ponto de se opor a vários ensinos proeminentes e explícitos da Escritura, como aqueles com respeito à liderança masculina no lar e na igreja.
A Bíblia de fato diz que não existe judeu e gentio, nem macho e fêmea, e assim por diante, em Cristo, mas o contexto sempre tem a ver com condenação e justificação da humanidade. Isto é, se macho ou fêmea, todos os humanos estão condenados em Adão. E quer macho ou fêmea, todos os que creem em Cristo são salvos por ele. As distinções humanas permanecem. Uma pessoa rica não perde todo o seu dinheiro simplesmente porque se torna um cristão. O dinheiro ainda lhe pertence, e ele ainda pode comprar coisas que o pobre não pode. Isso é estabelecido pela providência de Deus. Os dois estavam igualmente condenados sob Adão, e agora estão igualmente justificados, e têm acesso igual ao trono da graça. Todavia, a posição terrena deles não mudou. O mesmo se aplica à raça e sexo.
Quando diz respeito à ordem no lar, a Bíblia é clara que o homem é o cabeça da casa, e a esposa deve se submeter a ele em tudo como ao Senhor. Aqui Paulo está se referindo à ordem na casa de Deus, ou a igreja, e ele declara que os homens devem assumir a liderança, e as mulheres não devem usurpá-los. Isso poderia parecer machista de acordo com os padrões do mundo, e é patético ver como cristãos que aderem aos ensinos da Bíblia tentam, todavia, explicar como essa passagem não é machista. Por que devo me importar com os padrões do mundo? De acordo com os não cristãos – pelo menos alguns deles, visto que não há concordância entre eles – isso é de fato machista. E daí? Os padrões deles estão errados. A Bíblia diz que, por causa do seu intelecto deficiente, eles consideram o evangelho como loucura, mas nós compreendemos que ele é o poder e a sabedoria de Deus. Ao invés de convencê-los que a Bíblia não viola os padrões deles, os cristãos deveriam atacar esses padrões.
Não há nada na Escritura que proíba oportunidades de aprendizado às mulheres. Elas devem ter acesso igual aos ensinos bíblicos. Contudo, a Escritura de fato proíbe-as de assumir posições de autoridade na igreja. Isso não significa que suas oportunidades de ministério sejam muito limitadas, mas apenas que sua influência oficial é restringida, e que a obra ministerial que realizam deve ser feita sob a supervisão de liderança masculina. A esposa não pode ser a cabeça no lar sobre o marido, mas ela tem tremenda liberdade enquanto agir sob a autoridade do marido. Um princípio similar se aplica à casa de Deus.
Há uma mulher pregadora cujo ministério é internacionalmente reconhecido hoje. A organização e suas publicações estão todas sob sua autoridade. Seu marido é reduzido a um papel tão insignificante que passei anos sem sequer saber o seu nome, até que vi um pequeno anúncio na revista dela que mencionava algo sobre ele. Certa feita a ouvi falar sobre um texto bíblico que tratava da submissão feminina à liderança masculina. Ela não poderia negar as claras palavras da passagem, mas num momento ela urrou: “Eu me submeto ao meu marido!”. Após isso, a audiência estava muito assustada para discordar dela.
Uma mulher como essa é uma desgraça para Cristo, uma desonra para o seu marido, e ensina rebelião a mulheres crentes que invejam o que parece ser uma liberdade para servir a Cristo sem os impedimentos das restrições dos seus maridos. Por outro lado, alguém pode se perguntar como ela teve permissão de levar as coisas tão longe. É provável que seu marido tenha abandonado a liderança devido à personalidade mais forte dela. Embora isso poderia parecer como um ato de amor, é na verdade um ato de rebelião contra Deus, e contra a ordem que ele prescreveu para o lar e para a igreja. Tal arranjo permite que um homem tire covardemente o peso de si, mas essa é uma responsabilidade que Deus colocou sobre ele, e não sobre sua esposa. Como os líderes designados, espera-se que os homens reforcem as instruções de Deus. Dessa forma, quando as mulheres subvertem a ordem correta, os homens também são culpados. A ira de Deus não estará longe do caos e do desastre que resultarão.
Se os homens fracassam em liderar, em supervisionar e dar direção, e as mulheres não podem subvertê-los, então uma grande frustração é inevitável. Não é suficiente que os homens se oponham à liderança feminina – isso em si mesmo não é liderança. Os homens devem assumir os papéis que Deus ordenou para eles, sem medo, vergonha ou apologia, e então fazer esforços organizados para mobilizar todos os membros do corpo de Cristo para realizar a obra que Deus prescreveu para eles, homens e mulheres.
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